MAS VOLTAMOS E TROUXEMOS NOVIDADES PARA TODOS.
HOJE POSTO PRA VOCÊS O PLANEJAMENTO SEMESTRAL DE TRABALHO DO GRUPO B DA ESCOLA WALFREDO CAMPOS MAIA, CUJA TEMÁTICA É GÊNEROS TEXTUAIS. DESTA VEZ OUSAMOS TRABALHAR COM ALGO QUE NUNCA FOCAMOS DIRETAMENTE. O PRIMEIRO TEMA FOI BILHETE, E A PARTIR DESTE REALIZAMOS UMA OFICINA DE BILHETES ONDE PRODUZIMOS BONECOS CHAMADOS DE JOÃO BOLOTA, MAS CADA UM DEU O NOME QUE QUIS AO SEU, EM CADA BOLINHA DO CORPO DO BONECO FORAM ESCRITOS BILHETES COM DESTINATÁRIOS E ASSUNTOS VARIADOS E AGORA ESTAMOS NA SEGUNDA ETAPA DO PROJETO: CARTAS.
JÁ TEMOS MUITAS PRODUÇÕES ESCRITAS DE NOSSAS CRIANÇAS E VAMOS POSTAR AQUI EM BREVE. ABRAÇOS, ESPERO QUE ESSE PLANO POSSA SER ÚTIL.
POR RITA DE CÁSSIA CASTRO VIDAL
FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PRÓ-REITORIA
DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA
DE PROGRAMAS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID
PLANEJAMENTO
SEMESTRAL PIBID/2012.2:
GÊNEROS
TEXTUAIS: sua importância no desenvolvimento das competências metagenéricas
IDENTIFICAÇÃO
NOME DA ESCOLA: Escola Mul. Walfredo Campos Maia
BOLSISTAS:
Gasparina,
Leidivânia, Leila Cristina, Maria do Socorro e Rita de Cássia.
SEMESTRE:
2º
semestre
CIDADE:
Tocantinópolis UF:
TO
JUSTIFICATIVA
Os gêneros textuais são práticas comunicativas
estritamente relacionadas com a utilização da língua que advém das próprias
práticas sociais refletindo na interação dos sujeitos sendo, deste modo, tão
variados quanto as esferas da atividade humana.
Ao
longo da vida lidamos com diversos modelos de produções escritas e orais as
quais nos dão subsídio para escolher adequadamente a forma discursiva nas situações
comunicativas em que participamos nos diferentes âmbitos sociais, isso significa dizer que desenvolvemos
uma competência metagenérica a qual nos permite caracterizar os gêneros
textuais, seus estilos e funções bem como seu plano composicional (KOCH, 2010)
para que desenvolvamos uma coerência no nosso fazer escrito ou nas interações
face a face, isto é, que de acordo com as situações vividas possamos sem
compreendidos. Assim sabemos que não podemos contar piadas em velório ou
defender uma tese numa mesa de bar.
Como
já dito, os gêneros são modelos flexíveis passíveis de alterações ao longo do
tempo, são também multifacetados posto que contêm um texto dentro do outro, o
que chamamos de intertextualidade, como também é marcante a presença de outros
elementos como figuras de linguagem que dão nova vida ao texto, recursos
visuais e sonoros a exemplo de figuras, fotos, onomatopeias, ressonância etc.
O
domínio da ação comunicativa se dá através da apropriação das aptidões
necessárias para a produção de um gênero textual. Assim, tanto quem educa
quanto quem aprende, se tornam realmente usuários e donos da própria língua
porque produzem significados em suas ações.
A
maestria textual acontece por meio do fazer planejado e pensado, requer tempo e
treino isto porque construir conhecimento necessita de minúcias e é por meio da
investigação destas que se dá a concretude do poder de atuação aos sujeitos
sociais que se enxergam como todo e parte dele, podendo agir e sofrer
influências dos outros. Deste modo os gêneros textuais são atitudes concretas
frente à sociedade, são as nossas ideias palpáveis e ordenadas, modelos mentais
tipológicos que nos permitem argumentar.
OBJETIVO
GERAL:
·
Promover
a compreensão dos gêneros textuais.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
·
Conhecer
a importância dos gêneros textuais nas situações comunicativas;
·
Produzir
diversos tipos de textos a partir dos gêneros estudados;
·
Incentivar
a pesquisa, debates e troca de ideias.
CONTEÚDOS:
1.
BILHETE:
a
simplicidade também requer estruturas complexas de raciocínio.
Recursos possíveis: papeis
coloridos diversos, tesoura, lápis, lápis de cor, cola, apontador, serragem,
restos apontados de lápis etc.
Nº de aulas:
2.
2.
CARTA:
é possível reinventar?
Recursos possíveis: envelopes,
papeis diversos, cola, lápis, giz de cera, decalques, apontadores etc.
Nº de aulas:
3.
3.
PASSEANDO PELO
UNIVERSO DAS HQs: aspectos
composicionais, suas funções e relevância social.
Recursos possíveis:
imagens, jornais, revistas, livros, tirinhas, papeis diversos, tesoura, lápis
de cor, lápis, apontadores, pastas, impressões etc.
Nº de aulas:
6.
4.
JORNAL:
um mundo de variedades.
Recursos possíveis: humanos:
professoras e alunos; materiais: papeis,
lápis, jornais etc.
Nº de aulas:
6
5.
PINTURA:
explorando
a linguagem visual.
Recursos possíveis: tinta
guache, água, cartolinas, argila, copos descartáveis, gravetos, revistas,
tesouras, cola, isopor,papeis diversos
etc.
N° de aulas: 5
6.
MÚSICA:
uma aventura entre o som e o silêncio.
Recursos possíveis: CDs,
data show, aparelho de som, TNT, colchonetes, etc.
N° de aulas: 1
DESENVOLVIMENTO
METODOLÓGICO
As
atividades com o gênero bilhete serão desenvolvidas em dois momentos, inicialmente
conversaremos com as crianças sobre como se escreve e quais as características
de um bilhete e instigaremos as mesmas a falarem se receberam ou se já
escreveram algum. Em seguida realizaremos a produção de um bilhete no qual faremos
o sorteio com troca de nomes e pediremos que os alunos elaborem um texto em
forma de bilhete para o colega sorteado. O mesmo deve ter como temas: carinho,
gratidão, pedidos ou a critério dos participantes. Os alunos trocarão os
bilhetes entre si, de forma que cada um faça a leitura do bilhete que recebeu.
Na
sequencia propõe-se uma oficina para a produção de um boneco chamado “João
Bolota”, no qual serão escritos bilhetes, lembretes ou recados no mesmo para
serem expostos em um varal.
Dando
continuidade ao nosso projeto, trabalharemos com o gênero carta, que é um dos
mais antigos meios de comunicação ainda muito usado nos dias de hoje, tendo sua
importância reconhecida no meio social e, portanto, sendo necessário o estudo e
conhecimento pelos educandos.
Para
isso começaremos abordando sobre o que é uma carta, para que é usada, quais os
tipos e estilos de linguagem, qual a estrutura e como pode ser enviada. Diante
disso usaremos exemplos de cartas já prontas, para que os alunos possam ler e
ver os tipos linguagens usadas e mostrar também para os mesmos o envelope que é
usado para enviar uma carta e como preenchê-lo.
Depois
de feita toda a explicação, iremos propor para os mesmos que produzam uma
carta, que seja para um colega da sala, parente, professor(a) ou para outro
funcionário da escola.
Em
seguida trabalharemos com histórias em quadrinhos, no qual se buscará
fundamentar sua estrutura composicional bem como suas funções através dos
conceitos. Para isto, abordar-se-á uma variedade de HQs para que os educandos
visualizem a estrutura, a composição, os elementos comuns e para que servem.
Deve-se registrar o que for destacado. Pedir-se-á às crianças que exponham o
que mais lhes chamar a atenção e o porquê, para sabermos que sensações o
conjunto das HQs causa.
Feito
isso, promoveremos um debate sobre o que for coletado nas observações e
explica-se conceitualmente o que são e para que servem tais elementos nas HQs.
Em seguida apresentaremos os autores com os quais trabalharemos e suas
respectivas obras, abordando a biografia dos mesmos e o contexto histórico em
que produziram seus quadrinhos. Propor-se-á a produção de uma ficha
bibliográfica para cada autor contendo informações básicas sobre sua vida e
obra estudada, que deverá fazer parte do portfólio de cada grupo de estudo
dividido segundo os níveis de escrita.
Para
o primeiro momento, destacaremos três autores: Maurício de Sousa, Bill
Watterson e Joaquim Salvador Lavado (Quino), e suas respectivas obras: Turma da
Mônica, Calvin e Hobbes e Mafalda. Esses autores foram escolhidos primeiro pela
sua popularidade e segundo por possuírem um caráter muito crítico em suas obras
além de valorizarem as crianças enquanto seres produtores de cultura e
conhecimento, posto que suas personagens principais sejam crianças entre seis e
oito anos de idade.
Elencou-se
esse gênero para se trabalhar pela sua dinâmica na junção de imagens e
palavras, o que atrai de maneira significativa os leitores, sendo deste modo,
um eficiente auxílio no desenvolvimento do hábito da leitura, da ampliação do
vocabulário e de informações. Sendo assim, o que se busca analisar nos
quadrinhos são suas características multimodais, ou seja, imagem, texto, cores,
figuras geométricas entre outros elementos. Deste modo, propõe-se para os
primeiros quadrinhos a análise desses recursos através da observação e
descrição tanto objetiva quanto subjetiva do espaço, das personagens das ações,
das cores, dos elementos gráficos, das formas geométricas, dos balões
utilizados, da necessidade ou não de texto e etc. Em seguida, apresenta-se uma
tirinha sem fala nos balões e pede-se que criem frases de acordo com a situação
e necessidade do quadrinho. Após far-se-á a leitura do mesmo.
No
decorrer das atividades, abordaremos outra HQ ou várias tirinhas do mesmo
autor, faremos a leitura seguida de discussão da temática, da estrutura e do
plano composicional da HQ, dos diversos tipos de balões e seus significados
assim como das onomatopeias, das letras, das expressões faciais, para que as
crianças se apropriem desse gênero e de sua linguagem, dando base para a
construção de seu próprio quadrinho.
O
último momento é reservado para a construção de uma história em quadrinho,
partindo de um roteiro sobre o que se quer falar, o que vai conter, a
quantidade de quadrinhos, assunto, personagens, desenhos enfim, como será
composta a HQ. Feito o roteiro,
partiremos para a diagramação, que é a decisão sobre a forma e o tamanho dos
quadrinhos, depois é só escrever nos balões e desenhar ou colar as personagens,
concluindo assim, o ciclo desse projeto que trata de história em quadrinhos e
suas vertentes.
Iniciaremos
o trabalho com o gênero Jornal, apresentando essa importante ferramenta como
veículo de comunicação e informação, falar sobre os diferentes tipos de textos
jornalístico, problematizar as diversas formas de informar e comunicar as
notícias a população, observar o tratamento da informação, conhecer as partes
do jornal e como ele é organizado, compreender a importância da leitura de um jornal
para estar atualizado com as noticias locais e do mundo, explorar com as
crianças os diversos tipos de textos que compõem o jornal: informativo, opinativo
e científico, trabalhar a estrutura textual de um jornal (início, meio e fim);
observar ilustrações, charges e outros tipos de textos que compõem jornais.
Em
seguida iniciaremos o trabalho com o tipo de texto de jornal opinativo em que a
turma será dividida em grupos e cada grupo produzirá uma propaganda sobre algo
que goste muito e queira convencer o outro que é bom, onde a escolha do tema
será livre.
Na
sequencia, trabalharemos com rótulos e embalagens, também voltados para a
produção de uma propaganda de marketing.
Prosseguindo
o com o projeto, partiremos para o texto informativo, cujo objetivo está
primeiramente em coletar informações jornalísticas em jornais televisivos ou
mesmo um acontecimento local onde, em conjunto, far-se-á a análise
composicional das mesmas envolvendo temática, a forma de escrita, seguido de
organização das notícias para publicação no jornal. Sucessivamente a isso, comporemos
uma matéria cujo foco é a primeira publicação do jornal do PIBID na escola
Walfredo, encerrando, deste modo, o trabalho de produção escrita.
Ao
que concerne ao trabalho com artes visuais, elencamos a pintura entendida aqui
como uma das linguagens mais completas no que diz respeito à elaboração de obras
integrais, que envolve pesquisa e investigação teórico-prática. Neste sentido,
desenvolveremos em quatro momentos, iniciando pela biografia de alguns autores,
mostrando sua trajetória, abordando a linha de cada autor, identificando suas
semelhanças e diferenças. Em seguida iremos expor algumas obras dos autores
trabalhados, faremos uma análise coletiva e pediremos a cada criança que fale o
que a obra representa pra ela, e concluindo com a reprodução de uma pintura, em
que cada criança deve produzir um desenho a partir de uma das pinturas
expostas.
Dando
continuidade será proposta a realização de uma atividade denominada aguada de
guache no qual antes de começar a pintar se molha todo o papel ou material em
que se utilizará para a realização do quadro.
Continuando
as atividades serão propostas duas atividades para as crianças, em que a turma
se dividira em dois grupos, um grupo ficará responsável pela produção artística
com colagens e o outro pela produção de pinturas com argila.
Encerraremos
as atividades do tema pintura, com a realização de um quadro em um material que
será produzido pelas bolsistas, cada criança receberá um suporte para a
realização do seu quadro e os mesmos serão expostos na sala no encerramento das
atividades.
Para o trabalho com música, propomos a
montagem de um sarau cultural, onde serão expostas obras produzidas durante as
atividades do semestre, envolvendo os gêneros textuais, cujo ápice do evento
será a publicação do Jornal do PIBID.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de forma contínua, tendo
em vista a participação ativa dos educandos nas atividades propostas, o
envolvimento, o interesse, a assiduidade e as relações interpessoais.
CONCLUSÃO
Diante
de tudo o que fora descrito neste plano, percebe-se que o trabalho com gêneros
textuais se destaca pela riqueza e liberdade de uso dos elementos
composicionais, os quais propiciam momentos de prazer e criatividade, isto não
só através do domínio dos elementos essenciais inerentes a cada gênero, mas
pela utilização da ludicidade enquanto ferramenta e metodologia facilitadora da
aprendizagem, desta forma instigando o gosto pela leitura e escrita sem
pressões ou cobranças abusivas, posto que as atividades se traduzem em problematizações
do cotidiano e levam a refletir sobre a vida assim como nossas ações diante da
mesma.
Portanto
o plano foi desenvolvido com o intuito de desenvolver um trabalho prazeroso de
modo a envolver as crianças no mundo encantado da nossa língua e das artes, passeando
pelos meandros destas, contextualizadamente, abordando diversos tipos de textos
entre outros modos de comunicação escritos ou não, tendo em vista os fatores
mais importantes: o desenvolvimento cognitivo-afetivo e a promoção da autonomia
dos nossos educandos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever: estratégias de produção
textual. 2. Ed. – São Paulo: Contexto, 2010.
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